Relato de um intercâmbio atravessado pela pandemia da Covid-19
Mariana Pacheco de AraujoGraduanda em Arquitetura e Urbanismo pela UFF.
Foi intercambista na Universidad de Sevilla (Espanha) em 2020.
Outro fato que ajudou na escolha do país foi o idioma, já que há três anos vinha estudando o espanhol no PROLEM (Programa de Línguas Estrangeiras Modernas) da UFF e me sentia bastante animada em poder aproveitar a oportunidade para praticar e poder me desafiar a estudar e pensar de modo constante em outra língua. Interessei-me pela cidade justamente por querer conhecer mais sobre o sotaque andaluz.
Antes mesmo de começar de fato essa viagem, eu sentia que dominava o idioma sob uma perspectiva formal e gramatical (cometia erros simples sim, mas que de forma geral não limitavam a capacidade de entendimento do outro). Meu objetivo era poder me desenvolver ainda mais junto ao idioma.
Viajei no final de janeiro, primeiro a Portugal. Antes de realmente chegar onde eu moraria de fato. Quase como uma rodada teste antes de começar o jogo de verdade. Tive a oportunidade de me ambientar, pela primeira vez, com um outro português que por muitas vezes me pareceu outra língua completamente diferente. Palavras simples do vocabulário diário como “fiambre” para presunto e “comboio” para trem se fizeram presente nos momentos de conversa com as pessoas. Já acostumadas com a presença de tantos brasileiros, muitos traduziam para seus sinônimos, buscando facilitar a comunicação.
Assim que comecei a me acostumar com as palavras diferentes do uso corrente do vocabulário lusitano, já partia à Espanha. De ônibus até Sevilha. Esse foi outro momento querido, pois ainda que os ônibus sejam comuns no Rio de Janeiro, a paisagem tão distinta do que costumo ver em andanças pelo Brasil e a mudança de ambientação (em relação à tipologia arquitetônica) de Portugal à Espanha fizeram sua devida marca nas minhas memórias.
Assim que cheguei na cidade (mais especificamente na Plaza de Armas) já comecei a exercitar tudo que aprendi em sala de aula, pedindo informações de qual ônibus pegar para chegar ao hostel em que eu ficaria até alugar um quarto. Não esperava que o espanhol fosse vir com tanta facilidade como foi. Ainda que não saísse perfeito em alguns momentos e houvesse mistura de palavras com o português.
O hostel ficava no centro histórico. Aproveitei para já, nesse primeiro momento, caminhar pelo entorno e conhecer um pouco da dinâmica e da característica das ruas e quadras dos bairros históricos. E conhecer um dos pontos turísticos mais famosos conhecido, como Las Setas de Sevilla, monumento fruto da vontade de renovação urbana junto à Plaza de la Encarnación. Ele se destaca muito na paisagem por ser uma grande estrutura de madeira, cobrindo quase completamente o espaço livre da praça com suas passarelas elevadas.
Logo nos primeiros dias, o que me chamou mais atenção foi a diferença na rotina dos sevilhanos. O dia começa mais tarde do que o dos brasileiros (principalmente quem acorda às 5h da manhã para pegar condução para o trabalho), imagino que por conta do dia amanhecer mais tarde. No inverno, estação em que cheguei na cidade, amanhecia em torno das 8h horas da manhã. Além disso, no meio da tarde, entre 15h e 1 h, a maioria das lojas (menos as que eram franquias multinacionais) fechava. Era comum ver pessoas na rua até às 23h, mas infelizmente, o transporte público encerrava seu expediente à meia-noite.
Por ser uma cidade com a malha urbana concentrada, principalmente, na região do centro histórico (não havendo condições de comportar uma intervenção para um modal como o metrô no solo por conta das fundações das antigas construções), a oferta de transporte público é concentrada por meio de linhas de ônibus. Extremamente mais eficientes do que os que vemos no Rio de Janeiro, com um sistema de aplicativo de celular que monitorava cada veículo e informava a quem iria embarcar o tempo, que demoraria, para o próximo ônibus da linha chegar. E eram pontuais, na maioria das vezes.
A primeira semana foi planejada para organizar minha situação com a Universidad de Sevilla, enquanto estudante de mobilidade, e alugar um local de moradia. Escolhi ser dessa forma para me permitir visitar os imóveis e assim decidir com mais certeza se o lugar era ideal para mim. Minha mãe e minha tia me auxiliaram durante esse primeiro momento, pois estava me sentindo um pouco insegura de viajar e tomar tantas decisões importantes (não tinha muita experiência com aluguéis ou viagens). Entretanto, os acordos para as visitas eu organizei por mim mesma, já que era a única que tinha um domínio maior no idioma. Os desafios vinham e a cada passo me sentia mais confiante de que a experiência de viver sozinha daria certo.
Acredito que por sorte, consegui encontrar e alugar um quarto num apartamento bem próximo ao campus do meu curso. Semelhante a uma república, eu viveria com mais quatro mulheres e todas eram espanholas. Teria necessariamente que me expressar e interagir com todos em espanhol.
As impressões dessa primeira semana foram de uma cidade focada no turismo, principalmente no centro histórico. Porém, a região onde de fato morei não tanto, por ser uma área mais nova (projetada e ocupada somente durante século XX) e residencial. Além de ser bem segura, talvez por ser uma cidade de médio porte, essa sensação se sobressaiu. Tudo me pareceu muito bem conservado, com a presença de muitas praças, algo não muito comum na minha vivência do subúrbio do Rio de Janeiro.
Na primeira semana de aula, me aventurei em conhecer a infraestrutura e as edificações que compunham o campus Reina Mercedes, não somente o prédio em que estudaria. Ambientação muito diferente do que estava acostumada, com equipamento próprio para a realização de atividades práticas para meu curso e diversas salas de estudos. Poder se reunir com grupos de trabalhos em lugares próprios para fazer projeto ou reunir para discussão teórica foram possibilidades bastante animadoras. Visto que as infraestruturas do meu curso às quais estou acostumada, infelizmente, são um pouco precárias.
As aulas em si me trouxeram confiança. Conseguia acompanhar o conteúdo que o professor passava. Conheci diversas pessoas em mobilidade acadêmica como eu e fui me juntando a pessoas de diferentes trajetórias e países para grupos de trabalho. Conhecer um pouco das suas histórias, saber de onde eram e como era a vida nesses lugares foi incrivelmente divertido e ótimo para criar assuntos constantes para conversas.
Os desafios de compor uma rotina para o dia a dia foram inúmeros. Criei um hábito de sempre, na saída das aulas, passar nos diversos supermercados que tinham, ao longo da avenida onde morava, para comparar preço de produtos. Era como se eu nunca tivesse feito compra de mercado antes, pois não havia nenhuma marca conhecida de produto e eu precisava sempre comprar experimentando. Adicionado ao outro empecilho do preço (sempre fazendo contas de câmbio na cabeça para avaliar se determinado produto valia a pena ser comprado).
Também criei o hábito de, toda noite, jantar com as meninas que moravam comigo. Normalmente nossos horários não convergiam para almoçarmos juntas, mas para jantar era mais fácil.
Nesses momentos de fim de dia, conversei bastante. Falaram-me sobre os canais de televisão e os programas que eram mais populares (similar com o que ocorre no Brasil, os reality shows e programas musicais se destacam mais). Como sempre gosto de, quando converso com pessoas de outras regiões do Brasil, comparar alguns programas com os que são exibidos no Brasil e a similaridade de expressões e palavras que existem no espanhol e no português.
Surpreendeu-me perceber que as pessoas da Espanha não têm uma conexão tão próxima a Portugal ou ao português, como pensei que teriam por serem culturas similares e estarem geograficamente próximas uma da outra. Ao menos entre os espanhóis que conheci (a maioria da área de arquitetura e urbanismo), me pareceu saber mais sobre o idioma italiano que o português. Talvez seja devido à influência que a Itália e sua cultura possuem para o ensino da arquitetura na Europa.
Uma memória interessante que tenho das conversas com as meninas, que compartilhavam o apartamento comigo, é que algumas eram de cidades próximas a Sevilha, cerca de 2h a 3h de distância e com este argumento de viver longe de onde se estuda, moravam na cidade. Para mim, é interessante notar como a percepção do tempo é uma coisa que varia de pessoa para pessoa. Eu estava acostumada a levar esse tempo no transporte de minha casa até a faculdade, fazendo transbordo com três modais para cruzar a Baía de Guanabara. Para mim, que moro numa metrópole como o Rio de Janeiro, não é tão estranho morar a tantas horas de distância da universidade como elas comentaram. Mas é claro, nada é melhor que morar próximo onde se estuda.
Uma dessas noites em meados de fevereiro, ainda um frio ao qual não me acostumava nunca, duas delas me chamaram para sair depois da minha aula para me mostrar um pouco do centro histórico e do rio Guadalquivir. Pude experimentar comidas típicas da região como o jamón ibérico e o jamón serrano, que são tipos de presunto e a forma com que normalmente comem os espanhóis: com diversas pequenas porções de diferentes alimentos chamadas tapas. Ao contrário do que ocorre na capital da Espanha, que o termo tapa corresponde a pôr um alimento (exemplo presunto ou queijo) em cima de uma fatia de torrada, na Andaluzia corresponde a um tamanho de porção, a menor porção servida no restaurante.
Caminhamos por algumas ruas onde elas me mostraram os monumentos mais visitados da cidade como a Torre del Oro e a Catedral de Sevilla (todos muito próximos entre si). Além da rua que marcava o espaço do antigo bairro judeu da cidade. O passeio foi muito agradável e no fim ainda me deram dicas sobre o aplicativo de transporte público para saber a localização dos ônibus.
Outro momento, em uma das conversas, foi quando uma das moradoras comentou que a cunhada era cantora de música flamenca. Esse estilo musical me conquistou, conhecia um pouco sobre a dança e o ritmo, mas quando ela me mostrou sobre as diferenças do estilo em cada província de Andaluzia, aproximei-me do flamenco. No dia de Andaluzia, em 28 de fevereiro, fui a um show de música flamenca no Museo de Artes y Costumbres Populares de Sevilla localizado no Parque de María Luisa (um grande jardim público entre o centro histórico e o campus Reina Mercedes) que mostravam os diferentes ritmos existentes e como se diferenciavam a partir do tipo da música e da dança.
Depois desse primeiro mês de adaptação, comecei a me organizar para conhecer outras cidades espanholas e sair mais para conhecer mais a cidade como uma estudante intercambista com outros estudantes em situação igual a minha. No entanto, no dia 16 de março foi decretado lockdown no país todo, para tentar frear o aumento do número de casos de Covid-19 na Espanha.
Fiquei em quarentena no apartamento, sozinha. Todas as meninas voltaram para suas respectivas cidades. O que seriam 15 dias, prorrogou-se até o fim do período letivo em meados de junho.
Tive que me adaptar uma vez mais a uma nova rotina. Estar em uma cidade nova que não conhecia tão bem assim (apesar de cada dia conhecer um pouco mais por conta dos estudos nas disciplinas que escolhi cursar serem sobre a cidade de Sevilha) e continuar os estudos da universidade por meio do ensino remoto, com o agravante que não consegui formar muitos laços com quase ninguém das turmas que estava inscrita, limitando minhas interações com outras pessoas, espanhóis e intercambistas. Durante todo esse período, eu mantive contato principalmente com as pessoas com quem eu já havia formado grupo para os trabalhos da faculdade. E este era feito somente para isso, poucas vezes conversamos sobre outros temas.
A imersão com a língua também se limitou às aulas, ainda que com interações bem formais, visto que a forma de tratamento entre aluno e professor é feita de uma maneira mais hierarquizada que no Brasil. Além dos programas de televisão e músicas espanholas que sempre ouvia para fazer as refeições. Entretanto, com o caminhar da pandemia, não conseguia regularmente assistir televisão e ver o jornal local. A sensação de medo e ansiedade era muito presente e ouvir tantas notícias tristes todos os dias foi ficando cada vez mais difícil.
A solidão nunca foi algo que me incomodasse. Ainda assim, tornou-se necessário haver a música e a fala em voz alta para realizar qualquer tarefa, para me balizar o máximo possível dessa sensação de solidão. Estabeleci o hábito de ligar para minha família no Brasil, todos os dias, para diminuir ainda mais essa sensação.
Esses momentos todos foram de extrema importância para que eu conseguisse seguir até o fim com o período letivo. O foco nos estudos, ao mesmo tempo que foi muito difícil devido às incertezas de futuro e bem estar mental, foi muitas vezes o que me mantinha bem para passar o dia seguinte.
A rotina que as aulas remotas criavam moldava meus dias e minhas preocupações. Cada dia podia ser somente sobre o que farei para comer com o que ainda há na despensa (no primeiro mês da quarentena não tive coragem nem de pôr a cabeça na janela e optei por racionar a comida que tinha até ter necessariamente que comprar mais) e as tarefas a serem entregues na semana.
Quando a comida da despensa acabou, já em abril, tomei a decisão muito difícil, por estar bastante receosa com o nível de infecção, de fazer compra de mês pela internet para entregar na porta de casa. Nunca havia feito operação semelhante, já que tinha o hábito de comprar conforme a necessidade ou semanalmente. Essa decisão foi o que me salvou, pois consegui me organizar em um planejamento mensal de tudo o que consumiria para poder comprar de uma só vez.
Cada dia me mostrava que eu era capacitada para lidar com as dificuldades. Mostrei a mim mesma (com muito apoio de pessoas queridas) que eu sou uma pessoa responsável e capaz de viver como uma adulta. Medo este que me afligia nos momentos antes de viajar para essa mobilidade e durante os dias mais difíceis da quarentena.
O fim do período letivo da universidade foi marcado juntamente com a chegada da nova normalidade na Espanha. Eu estava de férias e poderia aproveitar o último mês de intercâmbio para passear por Sevilha (já havia me decidido que não iria sair da cidade por conta do risco de infecção), mas eu me sentia ainda muito insegura para sair de casa.
Somente no dia 16 de junho, acumulando coragem e ansiedade de não aproveitar cada minuto que me restava na cidade, saí pela primeira vez, com o objetivo de levar o lixo para fora.
Tive uma sensação de felicidade, poder descer as escadas do prédio e ver o céu extenso e azul quando pisei na rua. Sentir após tantos meses o sol no corpo. Esse momento foi único e realmente especial. Por ter aguentado e ter persistido e como consequência poder ter aproveitado desses pequenos momentos de se sentir viva e feliz por estar viva.
Todas as vezes que saí, durante o mês de junho, foram para cumprir funções práticas e, posteriormente, aproveitando que já havia saído para caminhar um pouco pelo bairro. Assim eu conseguia me convencer que, mesmo entrando em risco, eu estava fazendo algo necessário para a manutenção da boa rotina e cuidado doméstico.
Com cada uma dessas saídas “experimentais”, eu redescobria a cidade que vivi por quatro meses. Reconhecia os cantos e ruas e prédios de um tempo de outrora sob condições diferentes. E ao mesmo tempo, conhecia uma nova Sevilha, passeando por lugares no entorno que não havia podido ir antes.
Quando entrei no meu apartamento para o lockdown, a cidade ainda estava em sua versão de inverno com as árvores sem folhas e dias opacos. Porém, quando saí, a paisagem já era completamente diferente. A cidade brilhava com o verão. Tudo era mais claro e nítido. As ruas tinham outra forma. As árvores pareciam maiores com suas copas cheias de verde.
Com o passar das semanas, eu me sentia mais corajosa para ir mais longe. Caminhei até o Parque María Luisa e a Plaza de España. Em outro momento fui ao centro histórico. Passei a me permitir retornar ao objetivo inicial dessa experiência toda, conhecer a cidade.
A situação na Espanha e principalmente em Sevilha era na época muito boa, pois os casos de Covid-19 estavam quase zerados e as pessoas (principalmente turistas) começavam a retornar para as ruas.
Infelizmente, não consegui organizar muitos encontros com as pessoas com quem conheci e mantive contato durante a quarentena, porque muitas delas já haviam retornado para seus devidos países e cidades. Assim, no último mês de julho, com mais fôlego devido às boas notícias acerca do controle da pandemia no país, realizei passeios turísticos como o Real Alcázar de Sevilla e conheci áreas mais afastadas da cidade como os bairros de los Remedios e de Triana, do outro lado do rio.
Os estudos que fiz sobre a morfologia e história da formação da cidade me instigaram a buscar, ver e caminhar pelos espaços urbanos que por meses só vi em imagens e fotos. Momentos de muita emoção em reconhecer lugares e monumentos anteriormente trabalhados na faculdade.
As ruas, apesar de mais movimentadas em fins de julho do que em comparação com meados de junho, não eram a sombra do que foi a cidade em termos de vivacidade durante o mês de fevereiro. Muitas ruas do complexo emaranhado que é a malha urbana do centro histórico se encontravam desertas. Muitas e muitas lojas fechadas. O clima de verão quente e seco não facilitava em nada, em muitos dias só começava a circulação de pessoas nesses espaços no fim da tarde (perto de oito da noite) por conta do calor excessivo.
Em um dia na última semana de julho, quando eu consegui ir visitar a Catedral de Sevilla e finalmente subir em La Giralda (um dos símbolos da cidade) me emocionei por poder ver do alto a cidade que me acolheu, num momento tão difícil para mim, em que me senti sozinha e sem perspectiva de melhora por muitos dias e muitas noites. Sentimento ainda intensificado por cada abertura da torre permitir identificar cada pedacinho da cidade na paisagem.
Nesse momento, senti que apesar de tudo, consegui me manter firme e de fato conhecer o lugar em que eu estava. A sensação de gratidão por perceber isso se fez presente em mim até o final do passeio.
E como é de praxe, tudo tem um fim. Voltei a minha terra e a minha cultura. Muito mais apreensiva do que gostaria por conta da pandemia e a situação de calamidade que o Brasil se encontrava (e infelizmente ainda se encontra). Apesar disso, fiquei muito feliz por poder voltar. A sensação de voltar é triste por deixar algo, mas ao mesmo tempo é boa por retornar a algo.
Meu apreço pela Espanha e ainda mais pela cultura andaluza só cresceu após todas essas experiências que passei e que realizei. Mas meu apreço pelo Brasil continua tão forte que me senti aliviada por ter onde e por quem voltar. O futuro é incerto, mas percebi (e venho sempre sendo relembrada disso) que eu tenho a agência de produzi-lo da maneira que julgo ser a melhor. Assim, ainda que nada tenha sido como esperado, me esforcei para valorizar o momento e me centrar no futuro que estou construindo.
Essa experiência foi responsável por crescer em mim um desejo ainda maior de aprender a falar e ser entendida por mais pessoas. Conhecer a lógica por trás de um idioma e suas gírias, como as pessoas interagem entre si no dia a dia. Elementos linguísticos muito similares, porém, usados de outras formas. Voltei para casa ansiando saber ainda mais sobre as nuances da língua espanhola (como sabemos falada em diversos países) e por aprender ainda tantos outros idiomas.
Guardarei esses aprendizados tanto acadêmicos quanto pessoais que adquiri, durante a mobilidade, e seguirei buscando me aprimorar cada vez mais. Percebi com tudo isso que eu sou muito mais capaz do que acreditava ser. Eu ainda hoje lembro com muito carinho de todos os momentos de dificuldade e de felicidade, como se tivessem acontecido ontem. Agradeço a mim mesma por ter persistido até o fim e ter acreditado em mim.