Memórias do Velho Continente

Juliana de Mesquita Pazos

Graduada em Arquivologia pela UFF.

Foi intercambista na Universidade do Porto (Portugal) em 2015.

Introdução

O presente artigo apresenta um relato das memórias e experiências acadêmicas e socioculturais vivenciadas durante o período em que a autora esteve como estudante de mobilidade internacional no curso de Licenciatura em Ciência da Informação, vinculado à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na cidade do Porto, em Portugal, durante o ano de 2015.

Nesse sentido, a exposição das vivências e impressões pessoais é realizada de forma contextualizada, como parte de um processo de reflexão crítica, baseada numa metodologia que se caracteriza pelas abordagens qualitativa, exploratória e descritiva.

A estrutura textual está organizada em seções que descrevem os distintos momentos que fizeram parte do processo de intercâmbio internacional acadêmico-cultural, perpassando os procedimentos para candidatura no programa de concessão de bolsas, o cumprimento dos expedientes burocráticos necessários à realização da viagem, a experiência de residir e estudar no continente europeu e os principais benefícios alcançados em decorrência dos conhecimentos assimilados durante a estadia no exterior.

O Programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades e o Convênio com a Universidade Federal Fluminense

O programa de mobilidade acadêmica internacional intitulado Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades, fomentado pelo Banco Santander em parceria com a Universidade Federal Fluminense, tinha por objetivo conceder auxílio financeiro a estudantes de graduação de qualquer área do conhecimento interessados em cursar um período letivo em instituições universitárias portuguesas conveniadas.

A participação no supracitado programa de intercâmbio estudantil ocorreu mediante o Edital no 02/2014, o qual estabelecia critérios de avaliação baseados na progressão curricular e na trajetória acadêmica dos candidatos. À época, a autora frequentava o sexto período do Curso de Bacharelado em Arquivologia, subordinado ao Departamento de Ciência da Informação do Instituto de Arte e Comunicação Social, e havia desenvolvido atividades extracurriculares de ensino, pesquisa e formação profissional como bolsista do Programa de Iniciação à Docência, do Programa de Iniciação Científica e do Programa de Estágios em instituições públicas e privadas. Também participava de projetos de ensino voltados à aprendizagem das seguintes línguas estrangeiras: inglês, através do Programa Idiomas Sem Fronteiras, oferecido pelo Ministério da Educação do Brasil; espanhol, por meio de bolsa de estudos concedida pelo Programa Santander Universidades e francês, através do Programa de Universalização de Línguas Estrangeiras, ministrado pela UFF.

O processo seletivo teve duração de aproximadamente oito meses (entre março e novembro do ano de 2014), culminando no recebimento da Carta de Aceite emitida pela Universidade do Porto, sob o enquadramento do Acordo de Cooperação entre Países Lusófonos e Latino-Americanos.

O Curso de Licenciatura em Ciência da Informação da Universidade do Porto

A Universidade do Porto (U.Porto) foi fundada no ano de 1911, sendo considerada a maior instituição universitária portuguesa dedicada ao ensino e à investigação científica e, também, a mais internacionalizada. Possui uma infraestrutura institucional descentralizada, composta por três polos universitários onde estão distribuídas as faculdades e os espaços administrativos, científicos, culturais, desportivos e de ação social.

O Curso de Licenciatura em Ciência da Informação (LCI), criado no ano de 2001, está vinculado administrativamente à Faculdade de Letras (FLUP), mas resulta de uma iniciativa conjunta com a Faculdade de Engenharia (FEUP).

Cabe aqui explicar que a Ciência da Informação se consolidou como um campo autônomo do conhecimento no decurso da segunda metade do século XX, combinando ciência e tecnologia para investigar a produção, o armazenamento, o processamento, a recuperação e o uso do seu objeto de estudo: a informação. O seu objetivo é apreender as propriedades, o comportamento e os fatores que influem sobre o fluxo e a circulação da informação, bem como as propriedades dos sistemas de comunicação da informação e do conhecimento. Para tanto, emprega teorias, métodos e técnicas de áreas científicas interdisciplinares que abordam a problemática da organização, representação e comunicação do conhecimento registrado (como a Arquivologia, Biblioteconomia, Documentação, dentre outras), a fim de satisfazer às crescentes necessidades informacionais da sociedade de maneira eficiente e eficaz (BORKO, 1968).

No Brasil, até o presente momento, a Ciência da Informação configura unicamente um núcleo de estudos na pós-graduação, à medida que em Portugal passaram a se constituir cursos de graduação na modalidade de licenciatura desde o início dos anos 2000, com a atitude pioneira da U.Porto. Evidencia-se que esse modelo formativo inovador rompeu com as estruturas curriculares tradicionais praticadas na área de Documentação e Informação, oferecendo uma proposta educacional única tanto no cenário português quanto no internacional, baseada numa perspectiva trans e interdisciplinar que integra as ciências da documentação, da informação e da comunicação sob uma abordagem info-comunicacional, norteada pelo denominado paradigma pós-custodial (SILVA; RIBEIRO, 2002).

Também é notório que a experiência acumulada anteriormente pelo corpo docente tanto da FLUP, com o Curso de Especialização em Ciências Documentais (1985) e o Doutoramento em Ciências Documentais (1989), que foi renomeado para Doutoramento em Ciência da Informação (2006), quanto da FEUP, com o Mestrado em Gestão da Informação (1997), que viria a se transformar no Mestrado em Ciência da Informação (2008), foi fundamental para que a proposta desse curso de graduação tomasse forma e fosse aprovada pelas instâncias universitárias superiores (CASTRO et al., 2011).

O Intercâmbio Internacional Acadêmico- Cultural: Memórias e Experiências

A cidade do Porto, também chamada de Cidade Invicta, é a segunda maior metrópole de Portugal, sendo lembrada pelas deslumbrantes paisagens e monumentos arquitetônicos do seu Centro Histórico, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, e por oferecer uma vida social e cultural bastante diversificada. Parafraseando a escritora portuguesa Albertina Bessa Luís: “o Porto não é um lugar, é um sentimento”. De fato, essa frase, que se encontra incrustada em típicos azulejos coloniais de uma fachada na icônica Rua de Cedofeita, localizada na Baixa do Porto, reúne toda a infinidade de anseios, memórias e saudades que essa experiência de intercâmbio trouxe consigo.

Em um primeiro momento, o planejamento da viagem exigiu a realização dos seguintes trâmites burocráticos: aquisição do visto Schengen junto ao Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro, que possuía validade de três meses e demandava sua prorrogação em solo português no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras; emissão do Certificado de Direito à Assistência Médica Brasil/Portugal pelo Ministério da Saúde do Brasil, que permitia o registro do cidadão brasileiro nos serviços de saúde portugueses com a atribuição do chamado número de utente; conversão do montante da bolsa de estudos e dos recursos financeiros próprios da moeda Real para Euro; compra das passagens aéreas de ida e volta; programação mensal de despesas pessoais, como os gastos com o alojamento na Residência José Novais Barbosa e com a alimentação nas cantinas universitárias, ambos coordenados pelo Serviço de Ação Social da U.Porto.

O segundo momento se deu a partir da chegada ao distrito do Porto, que ocorreu com algumas semanas de antecedência ao início das aulas, com o objetivo de facilitar a ambientação aos novos elementos que comporiam o cotidiano, como clima, gastronomia, transporte e locomoção, espaços urbano, residencial e universitário, interação social, dentre outros. Destaca-se que o clima foi o elemento que precisou de maior tempo para adaptação, pois à época do embarque o verão carioca beirava 43 ºC e o inverno português 8 ºC.

O período de aulas correspondeu ao segundo semestre letivo do ano escolar europeu 2014/2015, transcorrendo entre os meses de fevereiro e julho do ano de 2015. Inicialmente, foi necessário registrar-se no setor de Cooperação Internacional da Reitoria e no Gabinete de Relações Internacionais da FLUP para receber o cartão de acesso aos serviços universitários. Pouco tempo depois, uma recepção de boas-vindas aos estudantes internacionais foi realizada nas instalações da Reitoria, contando com o discurso do reitor e a apresentação de canto e dança da Tuna Acadêmica. Posteriormente, no mês de março, aconteceu o IV Encontro de Estudantes Brasileiros na U.Porto, dedicado exclusivamente aos intercambistas brasileiros, que conformam a maior comunidade de alunos estrangeiros em território português.

É importante ressaltar que a organização de eventos dedicados a promover o convívio social entre os estudantes das mais diversas partes do mundo é uma prática recorrente da instituição através do projeto Descobre o Porto, que coordena passeios e visitas guiadas a locais de interesse turístico, histórico e/ou cultural, tais quais: Biblioteca Almeida Garrett, Biblioteca Pública Municipal do Porto, Casa do Infante, Casa Museu Guerra Junqueiro, Centro Histórico do Porto e Morro da Sé, Museu Românico na Quinta da Macieirinha, Museu do Vinho do Porto, Núcleo Histórico da Foz do Douro, Paços do Concelho, etc. Também costumam ser realizados encontros de dança, canto, atuação e/ou gastronomia, tais como: Comemorações dos 600 Anos das Tripas, Cortejo Acadêmico na Semana da Queima das Fitas, Magusto Internacional, Workshop Danças Tradicionais Portuguesas, Workshop Dieta Mediterrânea, e Workshop Ritmos Latinos, ocorridos no ano de 2015. Além disso, atividades desportivas são estimuladas pelo programa UPFIT – Fitness na U.Porto, que oferece aulas demonstrativas gratuitas e preços módicos para treinamento físico.

Além de participar das atividades acima mencionadas, a acomodação na Residência Universitária José Novais Barbosa, localizada no campus da Faculdade de Letras da U.Porto, foi importante para a construção de um círculo social multicultural e multilinguístico composto por alunas portuguesas e estrangeiras, participantes de variados programas de mobilidade internacional subvencionados por países da União Europeia e das Américas. Outro ponto de destaque foi conhecer conterrâneos de todas as macrorregiões do Brasil, de distintas áreas científicas e graus de ensino acadêmico, através de encontros sociais e/ou científicos.

Assim, teve-se a oportunidade de residir e/ou conviver com alunos de diversas nacionalidades, oriundos de: Portugal, Bélgica, Brasil, Canadá, Colômbia, Croácia, Espanha, Estados Unidos, Liechtenstein, Marrocos, México, Moçambique, Polônia e Turquia. Isso possibilitou uma profícua troca de experiências culturais, o aprendizado de palavras em novas línguas e o aperfeiçoamento de idiomas previamente estudados. Definitivamente os laços de amizade criados durante essa convivência social única são gratas conquistas proporcionadas pelo intercâmbio.

Da mesma maneira, as experiências acadêmicas empreendi- das no ambiente da FLUP e do curso de LCI foram bastante positivas e fundamentais para sedimentar conhecimentos acerca das distintas correntes teórico-epistemológicas que perpassam o campo da Ciência da Informação em sua interdisciplinaridade com a Arquivologia, a Biblioteconomia, a Comunicação e a Documentação e das práticas pedagógicas que orientam os cursos de graduação e de pós-graduação no eixo Brasil-Portugal.

Na inscrição em disciplinas, privilegiou-se aquelas que abordavam temáticas do núcleo específico do curso, ou seja, aquelas voltadas para a teoria e a metodologia da Ciência da Informação, os estudos sobre necessidades e comportamento informacional e o aporte teórico-conceitual que orienta os processos de armazenagem, organização, representação e recuperação da informação e do conhecimento. Também foram assistidas disciplinas complementares de história, fotografia e línguas estrangeiras.

Outra fonte de conhecimento relevante foi a participação em eventos científicos (palestras, seminários, etc.) organizados por cursos de diversas áreas do conhecimento. A título de exemplo, tem-se as Jornadas de Ciência da Informação, que acontecem regularmente no âmbito do curso de LCI desde o ano de 2003, reunindo alunos e profissionais de diversas instituições em torno de reflexões sobre temáticas relacionadas a esse domínio científico.

Cabe aqui elucidar que as vivências sociais e acadêmicas acima descritas foram complementadas pelas viagens realizadas a países dos continentes europeu e africano, visto que possibilitaram o alargamento das experiências socioculturais e o amadurecimento de habilidades linguísticas e de competências pessoais, como autonomia, comunicação, controle financeiro, criatividade, gerenciamento do tempo e resiliência.

A proximidade entre as várias nações que fazem parte da União Europeia e a costa mediterrânica da África, bem como a facilidade de translado através de voos domésticos de baixo custo e sua integração com metrô, ônibus, trem e balsas, favoreceram a visitação turística e a concretização de sonhos. Dentre os países que a autora teve a oportunidade de conhecer, estão: Portugal, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Holanda, Itália, Marrocos e Montenegro. Cada lugar visitado teve um significado pessoal tão singular quanto transformador. E momentos como fazer a primeira viagem internacional, conhecer um pouco mais sobre as próprias origens através de uma visita à terra natal do falecido pai, assistir à neve cair pela primeira vez, admirar a magnitude do deserto saariano enquanto acampa sob as estrelas, encantar-se com a beleza ímpar dos canais venezianos, do mar azul cristalino da costa grega e das tulipas primaveris holandesas, percorrer o primeiro arquivo nacional do mundo ocidental que deu origem à sua profissão, e visitar museus icônicos, lugares e monumentos memoriais em que a história toma forma, são experiências únicas que ampliam a percepção de mundo que se tem.

O Regresso à Universidade Federal Fluminense: Análise dos Resultados

Durante a mobilidade estudantil na Universidade do Porto (Portugal), a participação em disciplinas obrigatórias e complementares, a presença em eventos acadêmicos, científicos e/ou culturais e a visitação a instituições profissionais viabilizaram a construção de uma sólida bagagem conceitual, teórica, metodológica e técnica sobre a Ciência da Informação e suas áreas científicas correlatas, a qualificação profissionalizante multidisciplinar baseada na inovação, a difusão de conhecimentos entre discentes e docentes de distintos campos do saber, o estabelecimento de redes colaborativas de investigação científica intercontinental e a promoção do processo de internacionalização dos cursos de origem e de destino sob uma perspectiva bilateral, multicultural e multilinguística.

Da mesma maneira, a interação com pessoas de diversas nações, culturas, línguas, espaços de formação profissional e níveis de ensino acadêmico possibilitou vislumbrar novas realidades histórico-sociais, ampliar a habilidade de diálogo como maneira de compreensão das particularidades humanas, expandir a capacidade de comunicação através da prática de idiomas com falantes nativos, e construir laços fraternos, o que proporcionou um maior crescimento pessoal e social da estudante.

No regresso aos estudos na Universidade Federal Fluminense (Brasil), o aprimoramento acadêmico e sociocultural decorrente do período de intercâmbio contribuiu significativamente para o alcance de objetivos pessoais, acadêmicos e profissionais.

A finalização do curso de graduação em Arquivologia ocorreu no ano de 2016, rendendo à autora o Prêmio Láurea Acadêmica de Honra ao Mérito, concedido aos alunos concluintes em reconhecimento de uma trajetória universitária de excelência. Por sua vez, o trabalho de conclusão de curso foi contemplado com o segundo lugar no Prêmio Nacional de Arquivologia Maria Odila Fonseca, promovido pelo Arquivo Nacional, no ano de 2017.

No mesmo ano, foi aprovada, em primeiro lugar, no processo seletivo de mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI/UFF), tornando-se bolsista de pesquisa pela agência governamental Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/MEC); e, também, para o reingresso no curso de graduação em Biblioteconomia e Documentação, que se encontra atualmente em fase de conclusão.

Interessante destacar que os primeiros artigos científicos publicados internacionalmente pela autora foram em eventos realizados em Portugal, no ano de 2017, a saber: III Congresso ISKO Espanha-Portugal e VIII Encontro Ibérico EDICIC, viabilizados, respectivamente, pela International Society for Knowledge Organization e pela Asociación de Educación e Investigación en Ciencia de la Información de Iberoamérica y el Caribe.

Por fim, após a defesa e encerramento do mestrado junto ao PPGCI/UFF, no ano de 2019, teve sua dissertação indicada para representar o programa no Prêmio ANCIB de Teses e Dissertações, fomentado pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ciência da Informação, no ano de 2020.

Diante do exposto, verifica-se que a experiência de mobilidade acadêmica internacional foi determinante para consolidar conhecimentos sobre o campo da Ciência da Informação em sua interrelação com a Arquivologia, a Biblioteconomia e a Documentação, o que preparou a aluna para ingressar nos cursos de graduação em Biblioteconomia e Documentação e de pós-graduação em Ciência da Informação, assim como ter seus trabalhos monográficos indicados a premiações de ampla concorrência nacional.

Considerações finais

O objetivo desse artigo foi compartilhar as experiências sociais, culturais e acadêmicas vivenciadas pela autora durante o intercâmbio estudantil internacional realizado no curso de Licenciatura em Ciência da Informação da Universidade do Porto, no ano de 2015, resultante do programa de mobilidade denominado Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades, oportunizado pelo Banco Santander e pela Universidade Federal Fluminense. Para tanto, foi realizada a descrição sintetizada do processo de candidatura, do planejamento inicial da viagem, das vivências cotidianas no continente europeu e dos principais resultados conquistados durante e após sua realização.

Dessa maneira, demonstrou-se que o intercâmbio internacional proporcionou inúmeros momentos singulares no tocante à interação social, cultural e linguística entre indivíduos de diversas nacionalidades e à apreensão de importantes conhecimentos acadêmicos que viriam a ser fundamentais após o regresso ao Brasil e aos estudos na UFF.

Por fim, espera-se, através desse breve relato, ter contribuído para divulgar a compreensão de que o processo de internacionalização do ensino na educação superior é um valioso instrumento de desenvolvimento pessoal, social, acadêmico e profissional. E, ainda, para despertar o interesse de outros estudantes a participar de um programa de mobilidade internacional e esclarecer potenciais dúvidas.

Referências

BORKO, H. Information science: what is it? American Documentation, v. 19, n. 1, p. 3-5, jan. 1968.

CASTRO, A. et al. (coord.). O curso de licenciatura em ciência da informação na U.Porto: dez anos de actividade pedagógica e científica. Porto: Faculdade de Letras; Faculdade de Engenharia, 2011.

SILVA, A. M. da; RIBEIRO, F. Das ciências documentais à ciência da informação: ensaio epistemológico para um novo modelo curricular. Porto: Afrontamento, 2002.

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